quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Dúvidas frequentes na interpretação de um resultado.

São frequentes as dúvidas colocadas por quem realizou o teste vitaloNUTRI ou de intolerâncias alimentares. Hoje, deixamos aqui um exemplo real; ou seja, as questões colocadas por um cliente e as respostas da nossa nutricionista de seguida:

1- Qual a diferença entre estes 2 alimentos? Podem especificar?
Carne de vaca ... (-11 %)
Carne bovina ... (-51 %)

2 – Não é a mesma coisa?
Galinha ... (-4 %)
Frango ... (-40 %)

3-  O que se entende por sêmola de trigo? Que tipo de alimentos não devo consumir? Sêmola de trigo é o principal componente de tudo o que é massas ( esparguete, massa, couscous, bulgur), e a esses alimentos não foi assinalada intolerância. 
Sêmola de trigo ... (-112 %)
Germe de trigo ... (-48 %)
Massa de lasanha ... (-21 %)
Massa italiana, sem ovo ... (-17 %)
Bulgur ... (5 %)
Trigo, inteiro ... (12 %)
Massa, com ovo ... (12 %)

4- Que tipo de Sangria é considerada? Há muitas variedades (v.tinto,v.verde,espumante, frutos vermelhos). No entanto para nenhum dos vinhos assinalada intolerancia


Sangria ... (-189 %)
Vermute ... (42 %)
Vinho doce ... (35 %)
Vinho espumante / champanhe, meio seco ... (30 %)
Vinho branco, meio seco ... (-4 %)
Verdinho, Maria-mole  ... (-13 %)
Vinho tinto ... (-16 %)
Lambrusco Rosé ... (-16 %)

1- A carne de vaca refere-se à vitela, pelo que não apresenta intolerância e pode consumir. Por outro lado, a carne bovina refere-se mesmo a carne bovina (vaca/boi) e como apresenta uma percentagem de -51%, referente a uma intolerância grande deve evitar este alimento. 
2- O frango refere-se ao habitualmente comprado (dito do aviário) e como apresenta um valor de -40%, referente a uma tendência para a intolerância deve moderar o consumo deste alimento. Já a galinha refere-se aos caseiros e a este alimento não apresenta intolerância pelo que pode consumi-lo sem qualquer problema.
3- A sêmola de trigo é um cereal derivado do trigo duro e tal como refere está presente na composição da maioria das massas. Deste modo, como apresentou uma intolerância muito grande à sêmola de trigo (-112%) não devem ser consumidos esses subprodutos apesar de não ter sido apresentada intolerância no teste, isto porque o principal ingrediente que dá origem a estes alimentos apresentou intolerância. Tal pode acontecer pois o teste analisa o alimento como um todo e não tendo em conta cada ingrediente que o alimento tem. Por isso, se refere quando se está a realizar o teste, por exemplo no caso dos pães, bolachas e tostas, que apesar de alguns não terem dado intolerância os resultados ainda podem ser diferentes pois ainda se vão analisar as farinhas e os cereais/glúten. Podendo dar o exemplo da espelta, apesar do pão de espelta estar recomendado (50%), o consumo desse pão deve ser moderado pois apresenta tendência para ser intolerante à farinha de espelta (-42%). 
Assim sendo, e especificando a parte do trigo, trigo, inteiro refere-se ao cereal sem sofrer qualquer tipo de processamento e utiliza-se o resultado a este alimento para analisar a questão do glúten, juntamento com a cevada, o centeio e aveia inteiros. Como não apresentou intolerância ao alimento em questão (12%) não tem problema com o cereal em si, mas pode ter com algum subproduto, tal como referido anteriormente (como o caso da sêmola de trigo). Relativamente aos subprodutos do trigo, nomeadamente farelo de trigo (25%), farinha de trigo (20%), farinha de trigo integral (13%) não apresentam intolerância pelo que alimentos com estes ingredientes podem ser consumidos, com exceção do pão de forma de trigo (-36%) e do pão branco (-76%) pois a sua composição total apresenta alguma intolerância e devem ser moderados e evitados, respetivamente. No gérmen de trigo (-48%) aplica-se o mesmo que na sêmola de trigo e portanto o consumo deste alimento/ingrediente deve ser moderado.
Dando então algumas alternativas, pode consumir massa sem glúten, nomeadamente de milho ou de arroz. Também existe couscous de milho e de arroz e não apenas de trigo. Podem encontrar-se estes produtos nos supermercados habituais (principalmente os que têm superfícies maiores) na parte dos produtos dietéticos ou em lojas de produtos naturais/biológicos como é exemplo o Celeiro. 
4- Tal como referi anteriormente, o teste não analisa os alimentos tendo em conta cada ingrediente que o alimento tem, mas sim tendo em consideração a composição final do alimento. Deste modo, não precisa necessariamente de ser intolerante a algum tipo de vinho para ser intolerante à sangria pois a sangria para além do vinho leva outros ingredientes que vão desde fruta, a açúcar/xarope de açúcar, passando por outras bebidas alcoólicas além do vinho/espumante, dependendo muito dos locais que as fazem. Assim, a composição final da Sangria é que apresenta uma intolerância muito grande (-189%). Relativamente ao tipo de Sangria considerada, esta refere-se a todos os tipos pois a frequência transmitida para esta bebida é uma média de vários tipos.

Aproveito para referir que variando um pouco a composição e/ou processamento que o alimento sofre a forma do organismo metabolizar o alimento também é diferente, o que justifica o facto de dentro de um grupo de alimentos similares, o resultados poder ser diferente.